quarta-feira, 1 de junho de 2011

(pag 19)

Nunca me prendi as primeiras impressões, alias sou opositor da máxima que diz que a primeira impressao eh a que fica.

Todo mundo tem direito a uma segunda chance e em grande parte das vezes vemos que a primeira impressão estava errada. Seja para melhor ou ate mesmo para pior.

Pois bem, limpei a minha mente e segui direto para a praia, afinal, atravessar o pais inteiro e nao ver o oceano pacifico logo de cara nao seria digno.

O final da N10, estrada em que eu estava, era definitivamente o mar.

Depois de cinco longos dias, cruzando 6 estados por mais de tres mil milhas dentro de um carro, alguns desses dias sem nem mesmo tomar banho, tudo o que eu mais queria nesse momento era pisar na areia, dar um mergulho no mar. Coisas simples da vida, mas que dao enorme satisfação.

Ao chegar na praia vejo que nao seria uma tarefa facil estacionar o carro, afinal quando nao casas de multi-milionários, a orla era tomada por estacionamentos. Todos eles evidentemente tarifados; e nao eram baratos.


Ao entrar num desses estacionamentos, aparentemente sem ninguém tomando conta, simplesmente para pisar na areia e molhar os pes com a gelada agua do pacifico, vejo que nao seria uma boa idéia, afinal ter que eventualmente pagar quinze dolares para isso nao seria muito inteligente visto a minha atual situação financeira.

Decidi sair do estacionamento antes que alguem me visse e viesse me cobrar.

Na mente soh restava o sentimento de frustração de nao poder pisar no mar do pacifico. A cabeça estava na lua.

Na saida percebo uma placa dizendo algo em relação a tomar cuidado com os pneus.

Logo em seguida ouço um som diferente do ja habitual pneu/concreto.

Como estava devagar, soh havia passado os dois pneus dianteiros.

Parei o carro e pensei: Fodeu! Furei meus dois pneus dianteiros.

Desci, olhei-os e nada tinha acontecido. Os pneus estavam intactos. Achei estranho, porem considerei que aquele podia ser o meu dia de sorte.

No chao, havia uma espécie de pontas de lanças para furar pneus, impedindo assim eventuais entradas ilegais no estacionamento.

Li a placa com mais calma e realmente estava dizendo para nao avançar pois se assim o fizesse teria seus pneus danificados.

Melhor coisa a fazer nesse caso era dar marcha a re e procurar outra saida.

E foi o que eu fiz.

Porem dessa vez alem do som das lanças seguiu-se um som típico de pneu furado.

Mas como, se eu tinha acabado de ler a placa com todas as informacoes corretas?

– Pois bem, a placa tinha dois lados, e obviamente eu li o lado errado.

Quando passei a primeira vez, estava fazendo o correto, porem quando dei marcha-a-re, era como se estivesse entrando pela saida do estacionamento e agora sim fazendo uma coisa ilegal.

As lanças nao perdoam, ou melhor, perdoaram soh um pouco afinal ao invés de furar os dois pneus dianteiros, teve pena da ignorância de quem vos escreve e furou apenas um.

Como? – Ate hoje nao sei.

Talvez por ser mesmo o meu dia de sorte.

Um comentário:

  1. to adorando Rafa sua novelinha real..melhor que da globo,rsrsrsrs.
    bjaoooo, muita sorte no seu caminho,vc merece.

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