terça-feira, 21 de junho de 2011

(pag 36)

Ao analisar melhor, vejo que não eh um simples dente, eh um dente de ouro!
Alem do que também não eh um simples dente de trás, eh um dos dentes da frente.

Ficamos mais alguns minutos rindo e imaginando como uma pessoa poderia ter perdido um dente e como ela teria ido embora sem o dente da frente. Bem o centro-avante!

Enrolei-o num papel, guardei no bolso e descemos para a festa que estava acontecendo no próprio albergue.

A essa altura todos na festa ja estavam com um certo teor de álcool no sangue, menos nos três que estávamos apenas com o dente.

Temos que entrar no ritmo de todos.

Apos algumas cervejas ja estamos todos no mesmo pique.

Faco amizade com um indiano que mal fala inglês, assim como eu.

Ele puxa umas das minhas amigas de canto e pede para ela contar quantas pessoas ha na festa do albergue aquela hora.

Ela, ja não estando nas melhores das suas condições conta trinta e duas pessoas. Provavelmente tinha metade.


Ele chega no barman e sussurra alguma coisa.

O barman que a essa altura também ja estava bêbado, saca uma garrafa de tequila e uns quarenta copinhos de shot.

Nessa hora eu tenho certeza que aquela seria uma noite inesquecível.

Minutos se vão ate o alcoolizado barman conseguir encher os aproximadamente quarenta copos.

Ja passa da meia-noite. Eh Ano Novo!

Restam pouco mais de dez pessoas na festa para encarar o desafio dos quarenta shots de tequila.

Brindamos e começamos.

Na primeira rodada todos da festa aceitaram beber uma dose.
Obviamente ainda restavam outros trinta shots. Na segunda rodada, somente metade das pessoas beberam. No final soh restavam eu, minhas amigas e o indiano...

Eu particularmente parei de contar no sétimo shot.

O indiano, ja tomado de alegria me puxa e me mostra na janela um grupo de Hare Krishnas cantando e fazendo batucada na porta do albergue.

Eu arrasto todos os sobreviventes para rua.

Nos juntamos aos Hare Krishnas.

Enquanto Mariana toma os tambores das mãos deles para tocar, Cinthia convida todos os que passam na rua para juntar-se a roda que não para de crescer.

Os Hare Krishnas adoram, ou pelo menos parecem gostar da festa.

Sem saber muito (ou quase nada) da letra da musica, Mariana entoava a cancão: Hare Christimas, Hare Christimas, Christimas, Christimas, happy holidays.

Digamos que era uma versão americanizada da canção Hare Krishna.

Ficamos horas e mais horas na rua cantando e dançando.

A noite acaba com todos bêbados, exaustos, porem felizes.

Na manha seguinte eu chego ao albergue para tentar junto com elas tentar lembrar de alguma coisa da noite anterior.

Sem sucesso.

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