quinta-feira, 23 de junho de 2011

(pag 38)

Depois de todos os planos traçados novamente, hora de cair no trabalho.

E foi o que fiz.
Durante dias acelerei o ritmo de trabalho e o dinheiro foi aparecendo.


Certo dia, como fazia de costume, estava numa livraria que tinha internet gratuita checando meus e-mails no meu laptop. De repente começaram a pular dezenas de avisos de invasão de vírus. Estava sofrendo o primeiro ataque hacker da minha vida.

Tentei deletar o máximo que consegui mas não foi possível deter todos eles. Esses anti-vírus gratuitos para mim não passam de marketing. Sao todos ineficientes.

O computador foi contaminado e depois disso nunca mais ligou.

A unica saída seria leva-lo para assistência técnica.

Qualquer serviço de mão de obra nos EUA custa caro, seja o que for, eh muito caro!

Muitas vezes eh comum americanos jogarem aparelhos eletrônicos no lixo e comprarem um novo do que mandarem consertar. Geralmente a diferença entre o valor do conserto e um produto novo eh pequena, isso quando o conserto não custa ate mais caro.

Quando levei na loja de assistência técnica de computadores, não foi diferente.

O valor para exorcizar todos os vírus era de duzentos dólares.

Muito bem, o valor do computador era pouco mais de trezentos, ou seja, seria melhor comprar um novo do que ter de pagar duzentos, alem de depois ainda ficar com um computador capenga.

O Tio Sam adora o consumo desenfreado, especialmente em períodos de crise.

Nao contente em pagar todo esse valor, ate porque eu não o tinha, decidi procurar outro lugar.

Nessa hora os mexicanos são imbatíveis.

Tudo o que um americano faz, um mexicano faz pela metade ou ate mesmo 1/3 do valor.
Algumas vezes ate com a mesma qualidade no serviço.

Encontrei um cabron que fazia o exorcismo no meu laptop por sessenta dólares.

Que assim seja. Nao tenho nada a perder mesmo.

No bolso tinha pouco mais da quantia que o mexicano estava cobrando, era toda a minha economia.

Nessa hora lembrei do fatídico dente de ouro do reveillon. Aquele que mordeu o braco da Mariana.

Sera que seria ele que iria me salvar a essa altura?


Levei em uma loja de compra/venda de ouro e o vendi por doze dólares.

O suficiente para comer alguma coisa no dia seguinte, visto que ha uma semana não parava de chover e o pouco dinheiro que eu havia juntado descia pelos ralos juntamente com a água da chuva.

No dia seguinte o computador estava pronto. Porem junto com os vírus, foram-se também todas as minhas fotos, musicas e tudo mais que eu tinha no computador. Soh não perdi todas as fotos da viagem porque frequentemente as estava postando na internet. Mas muito da minha historia se perdeu. Inclusive trechos desse livro.

Mas se antes eu tinha um laptop de terceira geração, agora ele tinha regredido pelo menos uma.

Com sorte, dois dias depois a chuva parou e pude voltar a trabalhar.

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