sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

(pag 53)

Quando o desespero batia procurávamos nos acalmar e sentar para tentar esfriar a cabeça, mesmo debaixo de mais de quarenta graus centigrados.

A sede junto com a fome e o cansaço e isso tudo somado ao calor, realmente era um grande desafio para o nosso auto-controle, não podíamos nos desesperar.

Depois de horas e mais horas caminhando no topo da montanha conseguimos chegar ao ponto de partida.

A primeira coisa a fazer era tentar encontrar água. O que achamos foi uma torneira num banheiro publico. Fazer o que, era o que tinha.

Foram litros e mais litros de água. Logo em seguida iniciamos a descida. Nao podíamos perder tempo afinal a tarde já começava a cair.

Oito horas depois de termos iniciado todo o caminho, eis que chegamos novamente a base da montanha. Exaustos, porem completamente em êxtase depois de não soh ver, mas também interagir com tamanha beleza da Table Mountain.

Dias depois havia combinado de conhecer pessoalmente Mauricio, o ate então virtual amigo. 

Marcamos num bairro longe do centro da cidade, próximo de onde ele estava hospedado. Com isso tive o meu primeiro contato com o transporte publico de Cape Town. E já adianto, não foi a melhor das impressões.

Primeiramente CT não possui transporte publico descente. Ônibus urbanos são vistos pelas ruas raramente. O que ha são vans de transporte privado, e quase que em sua maioria de uma qualidade lastimável. Em horários de pico, vans que normalmente são para onze pessoas, são facilmente vistas com mais de quinze. Alem do que grande parte delas com sistemas de som altíssimos tocando musicas de gosto no minimo duvidoso. Isso sem falar na manutenção das mesmas.



Depois de algum tempo morando em CT você passa a se acostumar com essas vans. 

O trem, esse sim publico, eh o outro meio de transporte muito usado em CT principalmente para os moradores da periferia. Assim como as vans, a qualidade eh terrível. Eh bastante comum ver vagões com as portas abertas, pichados ou depredados.

Usei os dois meios de transportes para chegar ate onde Mauricio estava morando.

Chegando la ele esta acompanhado de mais três amigos: Miguel, Camila e Samuel.
Os dois primeiros eram os que também estavam procurando um apartamento para morar. 

Ótimo, já eramos em quatro pessoas. 
As opções já passavam a ser maiores.

Passamos agora a procurar um apartamento ou casa com dois ou mais quartos.

Depois de alguns dias Ricardo me procura e diz que resolveu ficar na Africa do Sul mais tempo do que o inicialmente planejado. 

Ok, mais um para integrar o time da procura pela casa. Porem agora somos um numero impar. Tentamos procurar por mais uma pessoa para ficar mais fácil a divisão dos quartos. Dois por quarto no caso.

No dia seguinte uma pessoa nos eh indicada através de amigos. 

Leonardo, que tinha que entregar a casa onde morava e procurava algum outro lugar para passar o ultimo mês que o ainda restava em Cape Town.

Ótimo, enfim eramos seis. 
Com isso muito mais fácil para encontrar o lugar perfeito. 
E foi o que aconteceu.


Capt. XI
A Casa

Procurar qualquer tipo de imóvel na Africa do Sul não eh tarefa fácil. Primeiro porque não tem tanta variedade, afinal os bairros bons da cidade não são muitos. Geralmente são os próximos ao mar (e eh obvio que todos nos queríamos morar próximos ao mar). 

A segunda dificuldade em achar alguma coisa boa eh porque não dava pra contar com os corretores de imoveis do local. Como em geral, na Africa do Sul a área de serviços eh um tanto quanto atrasada, pra ser mais sincero, eh muito ruim mesmo!!

Procuramos inúmeras imobiliárias, mandamos mais uma dezena de emails pra outras, todas sem sucesso.

Ate que um dia um corretor nos liga dizendo que tinha um imóvel para ver.

Cruzamos os dedos e marcamos o dia e local.

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