quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

(pag 59)

Quase todos os dias tinha um de nos que não queria sair para balada, porem com os outros quatro ou cinco buzinando na orelha, sempre acabávamos saindo os seis.

Certa noite, numa dessas em que um ou dois de nos não queriam sair, Miguel solta a frase que se tornaria quase que um lema para nos: "Se eu for, você vai também".

Depois disso, sempre quando um não queria sair, vinha outro e lançava a temerosa frase. E como fechamos um pacto de amizade, todos tinham que sair quando ouvissem essa frase.

Ja estávamos quase no meio do mês de Abril. 
Eu faria aniversario dia 16. Descobri que Ricardo fazia dia 17 e Samuel, outro amigo, dia 15. 

Resolvemos juntar os três e fazer apenas uma festa, no dia 16, uma sexta-feira.

Obviamente o lugar escolhido foi a nossa Casa, afinal ela já estava se tornando um ponto de referencia de brasileiros e de festa.

Nos três juntamos dinheiro, compramos muita (mas muita mesmo) bebida, um pouco de carne e decidimos fazer um churrasco.

Para não levarmos o prejuízo sozinhos, combinamos de cobrar 10 rands de cada um que viesse, apenas para diminuir o rombo no bolso e talvez ate comprar mais bebida, caso fosse necessário. 

O encarregado de cobrar os convidados seria Leonardo.

A sexta-feira chega e com ela os convidados.

A festa começa no meio da tarde e já no começo da noite a casa esta lotada.

A cada hora o numero de pessoas parece se multiplicar.

Todos já muito felizes com a quantidade de álcool na cabeça.

Certa hora eu noto que os "convidados" já não cabem mais dentro de casa. 

Como nosso apartamento era no piso térreo, muitos deles já se espalhavam pelo jardim, quartos, corredores de acesso ao prédio...estavam por toda a parte.


Vista da varanda, obviamente antes da festa


Ate que em determinado momento conhecemos a sindica do prédio.

Uma mulher um tanto quando agressiva, gorda e mal educada. 

Tenho muito mais adjetivos para descreve-la porem não vou me prender a esse detalhe.

Pela janela vejo aquele ser vindo caminhando, quase que marchando, em direção a nossa Casa. Ela trajava uma jaqueta do Corpo de Bombeiros (onde ela trabalhava), usava um boné, botas estilo coturno e calca jeans. Olhando rápido podia-se dizer que era um homem.

Alias corriam boatos de que realmente Ela era Ele.

Ela entra na nossa casa e pergunta quem eram os responsáveis pela festa. 

Eu e o Ricardo nos apresentamos. 

Ela, aos berros, diz que temos que acabar com a festa naquele minuto ou ela iria ligar para o dono do apartamento pedindo que nos despejasse já na manha do dia seguinte.

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