quarta-feira, 21 de março de 2012

(pag 88)

Conversando com amigos e explicando a historia, todos eles sem exceção, diziam o mesmo: que eu havia agido corretamente e a unica explicação de Christine ter tido essa atitude, inimaginável para todos que a conheciam, era por ainda guardar algum sentimento por mim.

Todos achavam que Christine ainda gostava de mim e por isso fez o que fez.

Se isso era verdade ou não, de pouco me importava, afinal creio que apesar de qualquer tipo de sentimento que ela ainda carregasse, agir dessa forma não foi a melhor saída escolhida por ela.

Alem de já não tecer nenhum sentimento de homem/mulher para com Christine, depois do ocorrido, nem mesmo a relação de amizade sobreviveu. Afinal fui condenado por um crime que não fiz!

Alias fui condenado sem ao menos passar por qualquer tipo de julgamento. Ninguém sequer quis ouvir minha versão do caso.



Mas para mim o pior de tudo foi ter sido condenado por simplesmente ter amado uma mulher.

Estava sofrendo e sendo acusado de coisas que eu não era, pura e simplesmente "por amor" (???). 

Se existe qualquer outro tipo de condenação pior do que essa... sinceramente eu não conheço.

Depois de toda essa historia, eu nunca sequer disse uma unica palavra para Christine, porem o que ela fez comigo eu jamais esquecerei.

“O dia que fui condenado por amar...”

Os últimos dias em Cape Town foram exclusivamente de mim para mim mesmo.

Cuidei melhor da minha alimentação, do meu corpo e minha alma. Afinal a minha real batalha estava por vir, que era a do recomeço.

Hora de embarcar para Londres!

E agora amigo...o jogo era de gente grande.



Rio Thames / Londres

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