sábado, 17 de março de 2012

(pag 84)

A medida que a minha amizade com Christine ia aumentando, proporcionalmente eu ia admirando-a mais e mais como uma verdadeira amiga.

Daquele tipo de amizade impar, que raramente se veem.

Passei a ter uma imagem diferente dela. 

A imagem de uma mulher diferenciada, que pudesse ter a superioridade e evolução de saber separar antigos sentimentos que tivemos no passado, de novos fatos que pontuavam o futuro.

De posse de todas essas imagens que eu criei de Christine, e que confesso não fui o único, afinal ela fazia questão de passar justamente essa mesma imagem a todos, resolvi abrir meu coração para ela.

E eh claro que tinha que ser primeiro para ela, afinal antes de falar qualquer coisa para Alessandra, primeiramente queria conversar com Christine. 

Nao queria fazer nada escondido, ser um traidor, um aproveitador. Nao queria colocar nossa amizade em risco. Muito menos a dela com Alessandra.

Alias sinceramente preferia perder o amor de Alessandra, que eu mesmo já julgava um tanto quanto platônico, do que perder a amizade de Christine.

Mas antes, para não correr nenhum risco, resolvi colher alguns conselhos. 

Perguntei para TODOS da Casa o que eles achavam dessa historia.
Incrivelmente, TODOS achavam que apesar de uma situação complicada, Christine era evoluída o bastante a ponto de ao menos entender a situação.

Com isso tomei mais coragem. 

Um belo dia ensolarado convido Christine para ir pra praia comigo. 


Antes mesmo de falar qualquer coisa, coloquei o quão importante era a nossa relação amizade para mim. 

Disse que independente do rumo que tomasse nossas vidas, nunca queria perder aquele laço de amizade que havíamos construído.

Ela disse o mesmo. 

Alem disso, por ela ser um tanto quanto espiritual, disse-me também que a nossa amizade crescia dia-apos-dia devido a historias que havíamos tido em outras vidas. 

Ela disse que em outras vidas nos fomos casados, que ela havia me traído com outro homem e eu fiquei sabendo. 

Apesar dela acreditar nisso (porem eu não), rimos da situação.

Já me sentindo um tanto quanto confortável para introduzir o assunto, respirei fundo e falei!

 Abri meu coração!

Contei cronologicamente por quanto tempo e intensidade eu gostava de Alessandra.

Christine respondia a tudo com exatamente a mesma resposta que eu imaginava. Que eu havia projetado na minha cabeça. 

Era magico. 

A minha admiração por ela era real. 
Ela era mesmo uma mulher diferenciada.

Naquele dia conversamos por horas e mais horas na praia.

Ao final ela me diz que não iria contar nada para Alessandra, que isso seria um segredo nosso.

Disse que apesar dos meus sentimentos achava que Alessandra não iria querer nada comigo e ate mesmo me desencorajou a eu abrir meu coração a ela.

Soou um pouco estranho ela dar esse tipo de opinião tao profunda e direta, mas achei ser mais um conselho honesto dentro de um âmbito de grande amizade e cumplicidade.

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