quinta-feira, 15 de março de 2012

(pag 82)

Com o tempo as coisas em Casa foram mudando.

A compras de supermercado que ate então fazíamos todos juntos e dividíamos igualmente, agora já não era mais assim. 

Os almoços e jantares com todos juntos a mesa, antes quase feitos diariamente, agora já não existiam. 

Enfim, era outra atmosfera.

Eu, Samuel, Mineiro e Thiago, apesar de gostarmos muito das garotas, procurávamos passar mais tempo entre nos para evitar o atrito desnecessário com elas.

Luana, a mais velha das quatro, adorava sair a noite. 

Com isso, muitas vezes chegava tarde da noite em casa (na minha cama, por sinal), totalmente bêbada.

Apesar disso, nos nos dávamos bem e tínhamos muitas coisas em comum. 

Gostávamos de correr, da forma de curtir a vida, o gênio a impulsividade…e ate chegamos a fazer planos de irmos juntos para Londres (o meu próximo destino).

Consequentemente nos aproximamos não apenas fisicamente, afinal dividíamos a mesma cama, mas também afetivamente.

Acabamos nos envolvendo naturalmente.

Por um tempo mantivemos isso escondido de todos, somente para não constranger as outras pessoas na Casa, alias essa atitude teve papel fundamental no desenrolar da historia.

A cada dia mais eu e Luana ficávamos juntos, ainda escondidos de todos. 

Com o tempo meu carinho por ela foi aumentando. 

Porem como disse, nos tínhamos muitas coisas em comum, uma delas (talvez a pior) era um certo medo de se apaixonar por alguém. De se deixar levar. Simplesmente de se deixar envolver. 

Com isso, todas as vezes que nos começávamos a nos envolver com mais profundidade ela ficava com outro cara, e obviamente eu ficava sabendo.

Como não tínhamos nada serio, eu não podia cobrar nada. 

Apenas dava alguns sinais de que não estava feliz. 
E ela entendia.

Mas como disse, o medo de se envolver era maior do que a emoção e isso acontecia repetidas vezes. 

Aconteceu ate o dia em que Eu coloquei um ponto final.

Samuel voltou para o Brasil e com isso eu abandonei o meu quarto. 

Preferi eu mesmo sair do conforto da minha cama de casal a ter que pedir para Luana se mudar. 

Depois dessa decisão nunca mais ficamos.

Passei a dividir o quarto com Joana e consequentemente a ter mais tranquilidade nas noites.



Tudo isso ao mesmo tempo em que Christine voltava da sua viagem aos USA.

Novamente me aproximei muito dela.

Nessa época eu me sentia muito sozinho em CT, afinal grande parte dos meus amigos ja tinham voltado para o Brasil e a unica mulher que eu me interessava na Casa não conseguia ficar com o mesmo homem por mais de uma semana.

Sentia falta de poder conversar com alguém que tivesse mais de vinte anos de idade. 

De ter um papo cabeça. 

Eu e Christine passamos a fazer mais programas juntos e a nossa amizade crescia dia-a-dia.

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