segunda-feira, 19 de março de 2012

(pag 86)

Antes dos meus trinta anos, confesso quase nunca ter sido correto nos meus relacionamentos, porem ao mesmo tempo tinha consciência de que estava sendo incorreto. 

Apesar de eu não querer seguir o caminho certo por conveniência, conhecia muito bem o conceito de fazer as coisas corretamente.

E quando me refiro a tudo isso, estou falando no sentido de respeito e compaixão pelo sentimento alheio. Do fato brincar com as pessoas.

Depois dos trinta, passei a seguir o que considero ser o correto. 

Procuro magoar o menor numero de pessoas possível. 

Hoje prefiro, sem a menor hipocrisia, abrir mão da minha felicidade do que ver pessoas infelizes por minha culpa. 



E com Christine era exatamente isso que eu planejava. Estava quase conformado em perder Alessandra, em nome de todas as amizades envolvidas. 

Prezava muito a nossa amizade.

Procurei fazer tudo dentro de um conceito de honestidade para dar a menor chance possível ao erro. 

Mas errei.

Mas não perdi totalmente, afinal mesmo perdendo Alessandra, aprendi uma coisa muito importante. Aprendi uma lição sobre o sentimento feminino. 

Esse, independe de idade, evolução, amadurecimento...nunca muda!

Uma mulher nunca dirá a verdade se dentro do contexto estiver incluso sentimentos.

Fiquei arrasado, afinal era como se eu tivesse falhado no que eu mais me orgulhava, que era a minha nova forma de ser.

Me senti como se eu tivesse voltado no tempo. 

Fazendo pessoas infelizes e elas tecendo sentimentos ruins para mim.

No dia seguinte Alessandra me responde o e-mail. 

Diferente de Christine, ela me responde de uma forma extremamente educada, quase que sem tocar propriamente no assunto da polemica.

Dias e semanas passam e eu não vejo a hora de sair dali. 

Parecia que aqueles últimos dias em CT se tornavam intermináveis.

Eu me sentia como um paciente em estado terminal. 

Nao via a hora daquilo tudo acabar. 

Só queria ir embora dali e começar uma vida nova, deixando para trás tudo e todos que me fizeram mal.

Mas esses últimos dias me fizeram muito introspectivo e pensativo. 

Me recolhi no meu cantinho e coloquei-me a pensar em tudo o que tinha acontecido nos últimos dias.

Procurava uma razão para tudo aquilo, um outro caminho que eu pudesse ter tomado que evitasse toda essa confusão.

E com o passar dos dias cheguei a uma conclusão a respeito dessa historia.

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