sexta-feira, 27 de maio de 2011

(pag 15)

Mark começa a divagar a respeito da historia da casa.

O meu básico nível de inglês misturado ao alto teor de adrenalina, so me permitem entender algo como que aquela casa tivesse pertencido a um cidadão ilustre de KW que morreu ha muito tempo atras.

Mark continua o monólogo e eu sigo em silencio.

A essa altura meus olhos ja se acostumando com a pouca claridade, consigo visualizar melhor o cenário.

Certo ponto ele interrompe e pega uma mochila que estava debaixo da mesa, junto ao seu pe direito.

Se antes eu ja estava achando tudo muito estranho, a essa altura aguço meus sentidos ao máximo, me preparando para uma reacao rápida dependendo do que viesse de dentro daquela mochila. O nivel de adrenalina faz meu coração pulsar quase que audível.

Enquanto isso Mark continua a mexer na mochila sem encontrar o que procura.
Minutos depois desiste e retorna ao monólogo totalmente bêbado e falando coisas aparentemente sem sentido.

Eu, visivelmente incomodado com a situação proponho seguirmos caminho.

Mark me pede para aguardar um pouco e dirige-se a van que esta parada no jardim da casa a poucos metros de nos.

Abre o carro e continua procurando algo.

Antes que ele pudesse perceber, levanto-me e sigo em direcao ao meu carro.

Por um momento pensei em entrar e arrancar dali sem nem dar satisfação, porem achei que tal atitude pudesse ser mal interpretada caso toda aquela tensao fosse apenas coisas da minha cabeça.

Resolvi espera-lo, porem ja quase que na rua, proximo ao meu carro.

Mark mais uma vez nao encontra o que procura e aceita o meu convite de seguirmos caminho.

Deixei meu carro em frente a casa e seguimos a pe.

No caminho ele sugere paramos num bar.
Quando entramos, percebo que o bar eh frequentado por gays.

Ate ai, KW eh um destino bastante procurado por eles, e grande parte dos bares e restaurantes da ilha sao dirigidos ao publico gay.
O unico fato que me chama a atenção eh ele chamar o barman pelo nome.

Eu ja nao estava mais a vontade ao lado da companhia daquele cara totalmente estranho.
A cada segundo eu pensava em milhares de maneiras para me ver livre daquela situação, sem causar um desconforto ou mal estar para ambos.

Acabamos a cerveja e ele me convida para outro bar, também dirigido ao publico gay.

Mais uma vez Mark nao soh chama a bartender pelo nome mas como também conhece o dono do bar, também gay, que por um certo tempo frequenta a nossa mesa.

Mais uma vez a minha cabeça mais parecia um turbilhão de idéias para tentar me ver livre daquela situação.

Acabamos nossas bebidas, Mark se despede da bartender e ela o apresenta a conta.

Ele diz que ja pagou.

Ela aos berros chama o segurança.

Todos do bar olham em nossa direcao.

Eu dou um passo para tras.

O segurança me questiona se Mark pagou a conta, o que eu realmente nao havia reparado.

Enquanto a situação se desenrola mais uma vez eu penso em simplesmente sumir do local, e mais uma vez nao o fiz.

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