Mark começa a divagar a respeito da historia da casa.
O meu básico nível de inglês misturado ao alto teor de adrenalina, so me permitem entender algo como que aquela casa tivesse pertencido a um cidadão ilustre de KW que morreu ha muito tempo atras.
Mark continua o monólogo e eu sigo em silencio.
A essa altura meus olhos ja se acostumando com a pouca claridade, consigo visualizar melhor o cenário.
Certo ponto ele interrompe e pega uma mochila que estava debaixo da mesa, junto ao seu pe direito.
Se antes eu ja estava achando tudo muito estranho, a essa altura aguço meus sentidos ao máximo, me preparando para uma reacao rápida dependendo do que viesse de dentro daquela mochila. O nivel de adrenalina faz meu coração pulsar quase que audível.
Enquanto isso Mark continua a mexer na mochila sem encontrar o que procura.
Minutos depois desiste e retorna ao monólogo totalmente bêbado e falando coisas aparentemente sem sentido.
Eu, visivelmente incomodado com a situação proponho seguirmos caminho.
Mark me pede para aguardar um pouco e dirige-se a van que esta parada no jardim da casa a poucos metros de nos.
Abre o carro e continua procurando algo.
Antes que ele pudesse perceber, levanto-me e sigo em direcao ao meu carro.
Por um momento pensei em entrar e arrancar dali sem nem dar satisfação, porem achei que tal atitude pudesse ser mal interpretada caso toda aquela tensao fosse apenas coisas da minha cabeça.
Resolvi espera-lo, porem ja quase que na rua, proximo ao meu carro.
Mark mais uma vez nao encontra o que procura e aceita o meu convite de seguirmos caminho.
Deixei meu carro em frente a casa e seguimos a pe.
No caminho ele sugere paramos num bar.
Quando entramos, percebo que o bar eh frequentado por gays.
Ate ai, KW eh um destino bastante procurado por eles, e grande parte dos bares e restaurantes da ilha sao dirigidos ao publico gay.
O unico fato que me chama a atenção eh ele chamar o barman pelo nome.
Eu ja nao estava mais a vontade ao lado da companhia daquele cara totalmente estranho.
A cada segundo eu pensava em milhares de maneiras para me ver livre daquela situação, sem causar um desconforto ou mal estar para ambos.
Acabamos a cerveja e ele me convida para outro bar, também dirigido ao publico gay.
Mais uma vez Mark nao soh chama a bartender pelo nome mas como também conhece o dono do bar, também gay, que por um certo tempo frequenta a nossa mesa.
Mais uma vez a minha cabeça mais parecia um turbilhão de idéias para tentar me ver livre daquela situação.
Acabamos nossas bebidas, Mark se despede da bartender e ela o apresenta a conta.
Ele diz que ja pagou.
Ela aos berros chama o segurança.
Todos do bar olham em nossa direcao.
Eu dou um passo para tras.
O segurança me questiona se Mark pagou a conta, o que eu realmente nao havia reparado.
Enquanto a situação se desenrola mais uma vez eu penso em simplesmente sumir do local, e mais uma vez nao o fiz.
Qual o desfecho dessa porra????? kkkkk
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