quinta-feira, 26 de maio de 2011

(pag 14)

Nao prego que a festa em Key West seja uma das grandes maravilhas do mundo. Afinal como o nosso carnaval, nao tem propósito nenhum. Apenas diversão.

Mas se formos olhar no cerne da questão, eh de muito se admirar a coragem das pessoas e ate mesmo a brecha no Sistema que o sempre rigido e castrante Governo Americano oferece. KW esta tao afastada geograficamente do continente que chega a parecer que as leis americanas nao atingem a ilha.

Porem os folioes sabem que depois dessas duas semanas, todos voltam a ter a pacata e vigiada vida de uma típica familia americana.

Morei em KW durante pouco mais de duas semanas, nesse período conheci alguns americanos que como eu, estavam vivendo nos seus carros.

Nos EUA eh ate comum as pessoas transformarem suas vans em pequenos motorhomes e viajarem o pais todo.


Principalmente no inverno, muitas pessoas fogem do frio e da neve do norte do pais em busca de um clima mais ameno no sul.

Certo dia, fazíamos uma confraternização de despedida de um dos amigos, Mark, que no dia seguinte voltaria para seu estado natal, Ohio.

Estávamos todos no local onde parávamos nossos carros, um estacionamento gratuito praticamente na areia da praia. Paramos nossos carros/casas quase que formando um circulo. Eramos umas seis ou sete pessoas bebendo cerveja e falando besteiras.

Certo ponto da noite Mark, ja bastante embriagado, me convida para depois dali irmos para outro lugar continuar a festa.
A esse ponto eu imaginava que iríamos para uma dessas "casas de diversão de homens adultos".

Como nao tinha nada melhor pra fazer, aceitei o convite, porem soh nao entendi o fato dele nao ter estendido o convite a todos...

Mark, a essa altura trançando as pernas, obviamente deixou o carro no estacionamento e seguimos no meu.

No caminho ele me diz que precisa parar num local antes de seguirmos para o destino.

Paramos numa casa aparentemente vazia, porem nao abandonada nem depredada. Tinha apenas uma van parada no jardim.

A rua e o jardim da casa praticamente nao tinham luz. A escuridão tomava conta.

Ele me convida para descer do carro e aguardar.
Logo em seguida pede para eu segui-lo, ainda externamente da casa, ate uma espécie de jardim de inverno onde ha uma mesa de ferro com duas cadeiras. Senta-se em uma delas e pede para eu sentar-me na outra.

A essa altura o breu eh tao grande que mal consigo enxerga-lo a poucos centímetros de mim.

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