domingo, 22 de janeiro de 2012

(pag 44)

Capt. VIII
O inesperado

Engraçado embarcar num avião de uma empresa aérea que você mal conhece, com destino a um pais que você nunca pisou, e nem sequer conhecera uma pessoa quando la desembarcar. 

Eu acho os desafios na minha viagem em volta ao mundo encantadores . 

Desta vez o destino e a Republica da Africa do Sul.

Iria sair debaixo do seguro pais do Tio Sam para me meter novamente em um pais do Terceiro Mundo.

Fazendo o check-in ainda no aeroporto de Orlando me vem o primeiro dos sustos desta jornada. 

A prestativa funcionaria me diz, apos consultar o famoso Sistema, que eu teria que ter previamente o Visto de permanência no Qatar, afinal minha escala era de mais de seis horas (oito no meu caso). 



Sem crer muito na informação, afinal Sistema só serve para ficar caindo, pergunto-a qual o risco de não ter o prévio Visto carimbado no meu passaporte. 

Sem titubear ela informa olhando nos meus olhos:
- O risco eh de extradição.

Ótimo! 
Logo na segunda etapa da viagem, em pleno Qatar, eu seria extraditado de volta para o Brasil. Alias esse sim seria um ótimo tema para escrever um livro ou iniciar uma carreira politica. Talvez o livro sobre esse novo tema fosse ate melhor do que este vem sendo. 

Dentro dos meus planos, a possibilidade de voltar para o Brasil era simplesmente aterrorizante. 

Isso sem contar que eu não fazia a menor ideia de onde seria mandado nesta extradição, afinal, de volta aos EUA eu não poderia pois meu visto estava expirando naquele mesmo dia. Para o Brasil também não afinal eu nem sequer tinha passagem para la e talvez nem tenha voo do Qatar para o Brasil.

Resumindo, para falar a verdade seria uma merda sem tamanho. 

Como grande parte desta viagem de volta ao mundo foi toda correndo riscos e vivendo o inesperado, essa seria mais uma vez o que iria acontecer. Bora jogar na mão do acaso.

Despachei as malas e embarquei para a Africa do Sul com uma, no minimo, instigante escala em Doha, no Qatar.



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