quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

(pag 48)

Capt. IX
Os Fantásticos Sulafricanos


Quando você ouvir historias de pessoas que visitaram a Africa do Sul, creio que em 99% dos casos elas citarão a hospitalidade, carinho e alegria do povo sulafricano como algo marcante na viagem, eu eh claro, não sou excessão a regra.

Meu quase inespressivel "plano de viagem" se resumia a desembarcar no aeroporto de Jo’burg, pegar um táxi ou qualquer outro meio de transporte ate a estação de trem e la embarcar no famoso Shosholoza Meyl com destino a Cidade do Cabo. 

Isso tudo levaria um dia de viagem, alem eh claro das trinta e sete horas que eu já havia levado para pisar em solo sulafricano. 


Porem esse era todo o meu plano. Informações relevantes como preço, horários, segurança, alimentação, etc, etc, etc...eu não fazia a menor ideia.

Tudo o que eu sabia era que o Shosholoza eh um trem que ligava as cidades de Jo'burg a Cape Town cortando o coração da Africa do Sul de ponta a ponta. No total eram quase mil e quinhentos quilômetros de ferrovia de uma capital a outra. 



Esses e outros tantos fatos históricos somados ao desafio da aventura, me tendenciavam e embarcar nessa ideia.

Porem eu ainda precisa me informar melhor.

O Serviço de Imigração da Africa do Sul eh uma das coisas mais fantásticas que eu vi dentre todos os países que visitei. 

Lembro do Oficial de Imigração me perguntar o motivo da minha viagem...e só! 

Eu respondi que eram ferias e pronto. Próximo da fila!!!
Nem mesmo o meu cartão de vacinacao foi checado. 

Passaporte carimbado com três meses de visto de turista.

Na Africa do Sul eh assim. Três meses com visto de turista quando você desembarca, porem você pode estender por mais três meses mesmo estando dentro do pais.

Ao sair pela sala de desembarque do aeroporto o primeiro passo seria buscar tais informações básicas sobre o bendito trem. 

Para isso, nada como um Balcão de Informações para Turista.

Por mais desorganizado que o aeroporto de Jo’burg pareca, assim que cruzei a saída da sala de desembarque me deparei com um balcão de apoio ao turista, onde sou atendido por uma sempre sorridente e simpática atendente.

Munido do meu inglês já conhecido de vocês leitores, tento extrair algumas informações. 

Creio que em muitos lugares do mundo a atendente ou iria morrer de rir na (e da) minha cara ou simplesmente dizer que não estava entendendo nada (o que era muito provável) e chamaria o próximo da fila. 

Ok, para minha sorte eu era o único na fila.

A cada pergunta que eu mimicava ou simplesmente esboçava um som que talvez ao ouvido de um babuíno parecesse inglês, a paciente atendente me munia de informações aliadas a panfletos caso eu não fosse capaz de entende-la, o que confesso por muitas vezes era impossível.

A prestativa funcionaria não só salvou a minha pele como também me indicou a melhor opção a que eu deveria tomar, ou seja, a historia do famoso Shosholoza trem já tinha ido por aguá abaixo. 



Segundo ela não por qualquer outra questão a não ser o horário, visto que o ultimo trem daquele dia partia dentro de dez minutos, tempo insuficiente para eu me locomover entre o aeroporto e a estacão de partida do trem.

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