segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

(pag 45)

O meu voo iniciava em Orlando, fazendo uma escala em Washington, outra em Doha, mais uma em Joahnesburgo totalizando vinte e sete horas. E ainda teria pela frente a ultima etapa ate Cape Town, destino final. Etapa essa que eu ainda não fazia ideia de por qual meio seria feita.

Para mim era tudo uma maravilha, afinal eram formas econômicas de conhecer outros países, o Qatar no caso, afinal ficaria oito horas na capital entre um voo e outro.

A ideia inicial era pegar um táxi e fazer um pequeno tour pela cidade. Ideia muito rapidamente morta depois da consulta ao famigerado “Sistema” logo na saída em Orlando.

Mais uma vez o Sistema me aterrorizava e fazia mais uma vitima.

Ok, a ideia do tour já estava cancelada e eu conformado em ficar as oito horas trancafiado na sala de embarque/desembarque, afinal de contas, essa atitude seria melhor e mais fácil do que correr o risco de ser extraditado para um pais que eu nem sequer sabia qual seria.

Embarquei de Orlando para Washington no que seria a primeira etapa do total de quatro. 

Despachei as minhas malas e só fiquei com a bagagem de mão, uma pequena mala com alguns pertences e uma muda de roupa caso a mala despachada fosse extraviada.

Apos passar por dezenas de checagens policiais afinal os USA ainda vivem sob o medo do terrorismo, chego no Qatar, segundo destino da minha saga. 

Desembarco tranquilamente, visto que já tinha esquecido a ideia de conhecer a cidade.

Na conexão do meu voo para a Africa do Sul, novamente a minha bagagem de mão eh passada pelo raio-x.

Por um segundo, o operador do sistema arregala os olhos diante da tela do computador, chama o policial e mostra alguma coisa na tela para ele. 



Eu, como não devia nada a ninguém ainda estava tranquilo, apesar de um pouco apreensivo com a escala no Qatar, principalmente depois de toda a carga de stress que a funcionaria, ainda nos EUA, tinha colocado sobre meus ombros.

Observo que a cada segundo que passa novos policiais chegam a frente da tela do computador. Eu ainda aguardo tranquilamente pela liberação da minha mala. 

Ok, agora já não tao tranquilamente.

Um policial me chama de canto e pede para eu abrir a minha mala. 

Obviamente eu atendi a ordem. 

Nessa hora já são quatro policias a minha volta. 

A minha tranquilidade já da lugar a um grande nervosismo.

Eu pergunto o que ha de errado com a minha bagagem. 
O policial informa que eu estou portanto três facas dentro da mala. 

A minha primeira resposta foi: IMPOSSÍVEL! 
Eu mesmo tinha feito a minha mala, como aquelas facas foram parar la?! 

Eis que o policial abre a mala e pega três canivetes e me mostra.

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